Material de Memória – Exposição “O que você guardaria em um museu?” (Zona Leste)

post-thumb

Exposição “O que você levaria para o museu?” (Zona Leste)

Criação: Ireldo Alves da Silva e Nísia Oliveira – CPDoc Guaianás

Considerando que a História e a memória, por meio de inter-relação dinâmica, são suporte de identidades individuais e coletivas, olhamos para trás em busca de nós mesmos e das nossas raízes. A partir do estímulo “O que você guardaria em um museu?” Este processo objetivou desvelar traços da identidade de sujeitas/os e coletividades que atuam em movimentos sociais e culturais nas periferias da Zona Leste de São Paulo. Identidades que não estão inscritas em palavras e teorias, mas que se inscrevem no corpo de cada um e que se constitui na resistência, na reivindicação do direito, historicamente, negado.

Okupação Cultural Coragem

Exposição “O que você levaria para o museu?” (Zona Leste)

Criação: Ireldo Alves da Silva e Nísia Oliveira – CPDoc Guaianás

Considerando que a História e a memória, por meio de inter-relação dinâmica, são suporte de identidades individuais e coletivas, olhamos para trás em busca de nós mesmos e das nossas raízes. A partir do estímulo “O que você guardaria em um museu?” Este processo objetivou desvelar traços da identidade de sujeitas/os e coletividades que atuam em movimentos sociais e culturais nas periferias da Zona Leste de São Paulo. Identidades que não estão inscritas em palavras e teorias, mas que se inscrevem no corpo de cada um e que se constitui na resistência, na reivindicação do direito, historicamente, negado.

Okupação Cultural Coragem

“Guardaria no museu o acervo permanente da Coragem,  são obras de 50 (cinquenta) artistas que utilizaram como suporte as madeiras que encontramos no processo da ocupação. Esse acervo representa a nossa resistência.”

Michele Cavalieri

Ocupação Matheus Santos

Exposição “O que você levaria para o museu?” (Zona Leste)

Criação: Ireldo Alves da Silva e Nísia Oliveira – CPDoc Guaianás

Considerando que a História e a memória, por meio de inter-relação dinâmica, são suporte de identidades individuais e coletivas, olhamos para trás em busca de nós mesmos e das nossas raízes. A partir do estímulo “O que você guardaria em um museu?” Este processo objetivou desvelar traços da identidade de sujeitas/os e coletividades que atuam em movimentos sociais e culturais nas periferias da Zona Leste de São Paulo. Identidades que não estão inscritas em palavras e teorias, mas que se inscrevem no corpo de cada um e que se constitui na resistência, na reivindicação do direito, historicamente, negado.

Okupação Cultural Coragem

“Guardaria no museu o acervo permanente da Coragem,  são obras de 50 (cinquenta) artistas que utilizaram como suporte as madeiras que encontramos no processo da ocupação. Esse acervo representa a nossa resistência.”

Michele Cavalieri

  18/11/2020

Ocupação Matheus Santos

“Foi em 08 de agosto 2014, no dia do meu aniversário, que realizamos a ocupação do espaço abandonado da antiga subprefeitura do Bairro de Ermelino Matarazzo, para nós aquele momento foi histórico, pois era o resultado de uma luta por um espaço cultural, a ocupação do espaço durou pouco, mas experimentar aquela experiência de conquista, nos fez sonhar alto. Talvez por isso hoje a Ocupação de Ermelino se tornou o que é.”

Uilian Chapéu

18/11/2020

CPDOC – Guaianás

“Eu, Ireldo Alves, fui morador do lajeado e sempre tive a curiosidade de conhecer a Pedreira, por saber de várias histórias, que os mais antigos moradores contavam. O CPDOC Guaianás começa suas atividades em 2014, entre as várias ações e atividades no ano de 2019, em um período de formação, vai conhecer a Pedreira Lageado, em sua parte desativada o que me deixou muito contente por realizar essa visita”.

Ireldo Alves da Silva
Foto Allan Cunha

18/11/2020

Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST)

“Na imagem, está meu irmão, minha irmã, um amigo e eu. Estamos no quintal da casa onde morei. Acredito que seja umas das melhores fases da minha infância. Meus pais sempre foram incentivadores das nossas brincadeiras, nos ajudavam a organizá-las. Como o quintal era grande, sempre estava cheio de gente (amigos/as, primos/as…). Ganhávamos brinquedos para brincar em coletivo, a exemplo do Pebolim, que está na imagem. Durante um bom tempo, essa casa foi o local de realização de diversas atividades”.   

Fábio Monteiro de Lima

18/11/2020

Juntas na Luta
Biblioteca Cora Coralina

Levaria para o museu…a força de Luzinete Alexandre Alves, minha mãe
que chegou jovem nesse bairro, viu as filhas crescerem
Ela, paraibana, mantém ainda os pés nessa periferia de São Paulo,
Construindo com seu trabalho o sonho do retorno a sua terra natalLevo as mãos dadas de meus amigos-as
Guaianases é meu local de afeto,
aqui dividi gargalhadas na Casa do Norte do Seu Manoel
pulei carnaval no bloco de rua do Serebesqué
uni lágrimas nas despedida de um irmãotambém as recitações de versos dos saraus periféricos
letras de rap, poesia tirada da gaveta do esquecimento
o coletivo feminista Juntas na Luta, resiste em Guaianases,
nosso território de trampo, de encontro e batalhas contra o machismoLevaria as canções de tantas rodas de violão
aquecidas com a chama da fogueira e da revolução,
tantas pessoas envolvidas como eu, na busca de um outro mundo possível
caldinho de feijão, cópias de fanzines, calor humanoE o riso e luta de Richard David Manoel Junior
amigo, militante e um ancestral que morou em Guaianases
e tornou com seus feitos dias melhores para todos ao seu redor

COLETIVO LESTE NEGRA

Exposição “O que você levaria para o museu?” (Zona Leste)

Criação: Ireldo Alves da Silva e Nísia Oliveira – CPDoc Guaianás

Considerando que a História e a memória, por meio de inter-relação dinâmica, são suporte de identidades individuais e coletivas, olhamos para trás em busca de nós mesmos e das nossas raízes. A partir do estímulo “O que você guardaria em um museu?” Este processo objetivou desvelar traços da identidade de sujeitas/os e coletividades que atuam em movimentos sociais e culturais nas periferias da Zona Leste de São Paulo. Identidades que não estão inscritas em palavras e teorias, mas que se inscrevem no corpo de cada um e que se constitui na resistência, na reivindicação do direito, historicamente, negado.

Okupação Cultural Coragem

“Guardaria no museu o acervo permanente da Coragem,  são obras de 50 (cinquenta) artistas que utilizaram como suporte as madeiras que encontramos no processo da ocupação. Esse acervo representa a nossa resistência.”

Michele Cavalieri

  18/11/2020

Ocupação Matheus Santos

“Foi em 08 de agosto 2014, no dia do meu aniversário, que realizamos a ocupação do espaço abandonado da antiga subprefeitura do Bairro de Ermelino Matarazzo, para nós aquele momento foi histórico, pois era o resultado de uma luta por um espaço cultural, a ocupação do espaço durou pouco, mas experimentar aquela experiência de conquista, nos fez sonhar alto. Talvez por isso hoje a Ocupação de Ermelino se tornou o que é.”

Uilian Chapéu

18/11/2020

CPDOC – Guaianás

“Eu, Ireldo Alves, fui morador do lajeado e sempre tive a curiosidade de conhecer a Pedreira, por saber de várias histórias, que os mais antigos moradores contavam. O CPDOC Guaianás começa suas atividades em 2014, entre as várias ações e atividades no ano de 2019, em um período de formação, vai conhecer a Pedreira Lageado, em sua parte desativada o que me deixou muito contente por realizar essa visita”.

Ireldo Alves da Silva
Foto Allan Cunha


18/11/2020

Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST)

“Na imagem, está meu irmão, minha irmã, um amigo e eu. Estamos no quintal da casa onde morei. Acredito que seja umas das melhores fases da minha infância. Meus pais sempre foram incentivadores das nossas brincadeiras, nos ajudavam a organizá-las. Como o quintal era grande, sempre estava cheio de gente (amigos/as, primos/as…). Ganhávamos brinquedos para brincar em coletivo, a exemplo do Pebolim, que está na imagem. Durante um bom tempo, essa casa foi o local de realização de diversas atividades”.   

Fábio Monteiro de Lima

18/11/2020 

Juntas na Luta

Biblioteca Cora Coralina

Levaria para o museu…a força de Luzinete Alexandre Alves, minha mãe
que chegou jovem nesse bairro, viu as filhas crescerem
Ela, paraibana, mantém ainda os pés nessa periferia de São Paulo,
Construindo com seu trabalho o sonho do retorno a sua terra natalLevo as mãos dadas de meus amigos-as
Guaianases é meu local de afeto,
aqui dividi gargalhadas na Casa do Norte do Seu Manoel
pulei carnaval no bloco de rua do Serebesqué
uni lágrimas nas despedida de um irmãotambém as recitações de versos dos saraus periféricos
letras de rap, poesia tirada da gaveta do esquecimento
o coletivo feminista Juntas na Luta, resiste em Guaianases,
nosso território de trampo, de encontro e batalhas contra o machismoLevaria as canções de tantas rodas de violão
aquecidas com a chama da fogueira e da revolução,
tantas pessoas envolvidas como eu, na busca de um outro mundo possível
caldinho de feijão, cópias de fanzines, calor humanoE o riso e luta de Richard David Manoel Junior
amigo, militante e um ancestral que morou em Guaianases
e tornou com seus feitos dias melhores para todos ao seu redor

18/11/2020

COLETIVO LESTE NEGRA

O QUE EU DEIXARIA EM UM MUSEU QUE REPRESENTA O ITAIM PAULISTA?CERTAMENTE O MEU DJEMBÉ!ELE VEIO DA BAHIA, JÁ DIZ TANTO PARA UM LUGAR QUE FOI CONSTRUÍDO POR MÃOS NORDESTINAS. VEIO PELO CORREIO EM 2013, PARA QUE FIZÉSSEMOS PARTE DO BLOCO ILÚ OBÁ DE MIN. APÓS SUA CHEGADA ATRAVESSAMOS A CIDADE INÚMERAS VEZES PARA OS ENSAIOS DO BLOCO NOS ÚLTIMOS OITO ANOS, CHAMANDO A ATENÇÃO NO TREM, NAS RUAS, NA ESTAÇÃO DO ITAIM, ELE PASSOU A SER UM REPRESENTANTE DO EXTREMO LESTE NO CENTRO DE SAMPA.
MAS CONSEGUIU SER MUITO MAIS, ELE ANDOU COM QUASE TODOS OS ARTISTAS DO BAIRRO,ESTEVE ALGUMAS VEZES NO BARRACÃO DA ESCOLA DE SAMBA SANTA BÁRBARA; ESTEVE NO TERREIRO DE MÃE ESTELAMAR MONTEIRO, (in memorian), ONDE EXISTIU UM FORTE MOVIMENTO CULTURAL E O AFOXÉ FILHOS DE KAYÁ; NO SARAU DAS PRETAS PERI COM O COMPROMISSO SOCIAL, A IMENSA AFETIVIDADE E CORAGEM DE SUAS MULHERES ENTRE AS RUAS VICENTE REIS E MANOEL ALVARES PIMENTEL; FREQUENTOU VÁRIAS EDIÇÕES DO BATUCAFRO NO CENTRO CULTURAL DO ITAIM, PASSANDO DE MÃO EM MÃO E NAS CONTAÇÕES DE HISTÓRIAS, ATÉ NA BIENAL SOOU; CAMINHOU COM OS INTEGRANTES DO COLETIVO BICHO SOLTO E OS HOMENS DE SAIA, FOI NA USP LESTE E GRITOU SEU COURO PELAS REVOLUÇÕES ENSAIADAS; FREQUENTOU ALGUMAS ESCOLAS E DEU AULA, PRINCIPALMENTE NO SARAU DA IZABEL, FEITO POR ALUNOS QUE QUERIAM SABER DE CAPOEIRA, HIPHOP E LIBERDADE; ABRIU UM CORTEJO COM O BLOCO PEIXE SECO LÁ NO JARDIM PANTANAL E A POVARIA DO KILOMBO KEBRADA E FOI GRANDE COMPANHEIRO EM IDAS E VINDAS DE POESIAS NO SARAU O QUE DIZEM OS UMBIGOS?!!, COMO A FOTO DA QUEILA RODRIGUES MOSTRA, UM MOMENTO DE 2014, NA BIBLIOTECA VICENTE PAULO GUIMARÃES COM O PROJETO VEIA E VENTANIA, UM CONVITE PRA LÁ DE ESPECIAL DO SAUDOSO DANIEL MARQUES E DA SAMARA OLIVEIRA. A CULTURA E TANTOS ENCONTROS FOMENTOU A CRIAÇÃO DO COLETIVO LESTE NEGRA, EM 2017. DE LÁ PRA CÁ PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO E PESSOAS COMPROMETIDAS COM ELA, SE ENCONTRAM TODO FIM DE MÊS PARA CONVERSAS E FORMAÇÕES QUE NOS AUXILIAM NO COMBATE AO RACISMO ESTRUTURAL DENTRO DAS ESCOLAS.
É MARAVILHOSO PENSAR QUE TODOS ESSES ENCONTROS PASSAM PELA GRANDIOSIDADE DO SACRIFÍCIO DE UMA ÁRVORE QUE DEU SEU TRONCO, DE UM ANIMAL QUE DEU SEU COURO E DA SALIVA SAGRADA DOS QUE FORAM CONSTRUINDO ESSAS HISTÓRIAS. TANTAS HISTÓRIAS DE UM LUGAR COM NOME INDÍGENA E ADJETIVO DO LUGAR QUE É, PEDRA PEQUENA, ITAIM PAULISTA, AQUI PERTO DE ONDE NASCE O SOL.  

Erika Brasil

18/11/2020 | Esta foto é da Queila Rodrigues do Sarau O Que Dizem os Umbigos.

EMEF Vlademir Herzog

“Vamos escrever sobre terra, solo e lugar. O lugar que a escola ocupa. Mas sem excluir o que é chamado deslocamentos. Descolamentos de pessoas, seja para um lugar, uma estrada, possibilidades de entradas e saídas ou complementações entre culturas onde a convergência, em forte presença converge para a composição de ocupações dentro e fora da escola. Lugar como acolhimento de origens e tradições daqueles que ocupam o espaço escolar. Precisamos de algum modo, nos voltar para os saberes dentro deste território. As imagens que trazemos para a exposição descrevem lugar, paredes e localização. Mas é possível admirar, de muitos modos, o que contem as imagens. Não invisível na fotografia do Marcio Reis, historiador da Cidade Tiradentes, as pessoas que compõe esse território também foram fotografadas. Culturalmente trazer a fotografia como recorte, em seu discurso, intrinsecamente em sua revelação há composição de pessoas. Temos interesse em colocar as imagem no museu com sentidos de interpretação, mesmo que seja maior a imaginação para a interpretação das mesmas. Ou seja, dentro do território EMEF Vladimir Herzog, temos pessoas, ao entorno temos pessoas. Na divisa do território também temos pessoas e todos são guardiões de saberes, culturais e desenvolvimentos de inteligências que não se excluem pelo distanciamento do centro da nossa São Paulo, mas que se fortalece por saberes do solo. E o saber do solo é o saber das mulheres. As mães do lugar, as famílias do lugar e as professoras do lugar”.  

Keilla Barreto Girotto

Slam da Guilhermina

Exposição “O que você levaria para o museu?” (Zona Leste)

Criação: Ireldo Alves da Silva e Nísia Oliveira – CPDoc Guaianás

Considerando que a História e a memória, por meio de inter-relação dinâmica, são suporte de identidades individuais e coletivas, olhamos para trás em busca de nós mesmos e das nossas raízes. A partir do estímulo “O que você guardaria em um museu?” Este processo objetivou desvelar traços da identidade de sujeitas/os e coletividades que atuam em movimentos sociais e culturais nas periferias da Zona Leste de São Paulo. Identidades que não estão inscritas em palavras e teorias, mas que se inscrevem no corpo de cada um e que se constitui na resistência, na reivindicação do direito, historicamente, negado.

Okupação Cultural Coragem

“Guardaria no museu o acervo permanente da Coragem,  são obras de 50 (cinquenta) artistas que utilizaram como suporte as madeiras que encontramos no processo da ocupação. Esse acervo representa a nossa resistência.”

Michele Cavalieri

  18/11/2020

Ocupação Matheus Santos

“Foi em 08 de agosto 2014, no dia do meu aniversário, que realizamos a ocupação do espaço abandonado da antiga subprefeitura do Bairro de Ermelino Matarazzo, para nós aquele momento foi histórico, pois era o resultado de uma luta por um espaço cultural, a ocupação do espaço durou pouco, mas experimentar aquela experiência de conquista, nos fez sonhar alto. Talvez por isso hoje a Ocupação de Ermelino se tornou o que é.”

Uilian Chapéu

18/11/2020

CPDOC – Guaianás

“Eu, Ireldo Alves, fui morador do lajeado e sempre tive a curiosidade de conhecer a Pedreira, por saber de várias histórias, que os mais antigos moradores contavam. O CPDOC Guaianás começa suas atividades em 2014, entre as várias ações e atividades no ano de 2019, em um período de formação, vai conhecer a Pedreira Lageado, em sua parte desativada o que me deixou muito contente por realizar essa visita”.

Ireldo Alves da Silva
Foto Allan Cunha


18/11/2020

Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST)

“Na imagem, está meu irmão, minha irmã, um amigo e eu. Estamos no quintal da casa onde morei. Acredito que seja umas das melhores fases da minha infância. Meus pais sempre foram incentivadores das nossas brincadeiras, nos ajudavam a organizá-las. Como o quintal era grande, sempre estava cheio de gente (amigos/as, primos/as…). Ganhávamos brinquedos para brincar em coletivo, a exemplo do Pebolim, que está na imagem. Durante um bom tempo, essa casa foi o local de realização de diversas atividades”.   

Fábio Monteiro de Lima

18/11/2020 

Juntas na Luta

Biblioteca Cora Coralina

Levaria para o museu…a força de Luzinete Alexandre Alves, minha mãe
que chegou jovem nesse bairro, viu as filhas crescerem
Ela, paraibana, mantém ainda os pés nessa periferia de São Paulo,
Construindo com seu trabalho o sonho do retorno a sua terra natalLevo as mãos dadas de meus amigos-as
Guaianases é meu local de afeto,
aqui dividi gargalhadas na Casa do Norte do Seu Manoel
pulei carnaval no bloco de rua do Serebesqué
uni lágrimas nas despedida de um irmãotambém as recitações de versos dos saraus periféricos
letras de rap, poesia tirada da gaveta do esquecimento
o coletivo feminista Juntas na Luta, resiste em Guaianases,
nosso território de trampo, de encontro e batalhas contra o machismoLevaria as canções de tantas rodas de violão
aquecidas com a chama da fogueira e da revolução,
tantas pessoas envolvidas como eu, na busca de um outro mundo possível
caldinho de feijão, cópias de fanzines, calor humanoE o riso e luta de Richard David Manoel Junior
amigo, militante e um ancestral que morou em Guaianases
e tornou com seus feitos dias melhores para todos ao seu redor

18/11/2020

COLETIVO LESTE NEGRA

O QUE EU DEIXARIA EM UM MUSEU QUE REPRESENTA O ITAIM PAULISTA?CERTAMENTE O MEU DJEMBÉ!ELE VEIO DA BAHIA, JÁ DIZ TANTO PARA UM LUGAR QUE FOI CONSTRUÍDO POR MÃOS NORDESTINAS. VEIO PELO CORREIO EM 2013, PARA QUE FIZÉSSEMOS PARTE DO BLOCO ILÚ OBÁ DE MIN. APÓS SUA CHEGADA ATRAVESSAMOS A CIDADE INÚMERAS VEZES PARA OS ENSAIOS DO BLOCO NOS ÚLTIMOS OITO ANOS, CHAMANDO A ATENÇÃO NO TREM, NAS RUAS, NA ESTAÇÃO DO ITAIM, ELE PASSOU A SER UM REPRESENTANTE DO EXTREMO LESTE NO CENTRO DE SAMPA.
MAS CONSEGUIU SER MUITO MAIS, ELE ANDOU COM QUASE TODOS OS ARTISTAS DO BAIRRO,ESTEVE ALGUMAS VEZES NO BARRACÃO DA ESCOLA DE SAMBA SANTA BÁRBARA; ESTEVE NO TERREIRO DE MÃE ESTELAMAR MONTEIRO, (in memorian), ONDE EXISTIU UM FORTE MOVIMENTO CULTURAL E O AFOXÉ FILHOS DE KAYÁ; NO SARAU DAS PRETAS PERI COM O COMPROMISSO SOCIAL, A IMENSA AFETIVIDADE E CORAGEM DE SUAS MULHERES ENTRE AS RUAS VICENTE REIS E MANOEL ALVARES PIMENTEL; FREQUENTOU VÁRIAS EDIÇÕES DO BATUCAFRO NO CENTRO CULTURAL DO ITAIM, PASSANDO DE MÃO EM MÃO E NAS CONTAÇÕES DE HISTÓRIAS, ATÉ NA BIENAL SOOU; CAMINHOU COM OS INTEGRANTES DO COLETIVO BICHO SOLTO E OS HOMENS DE SAIA, FOI NA USP LESTE E GRITOU SEU COURO PELAS REVOLUÇÕES ENSAIADAS; FREQUENTOU ALGUMAS ESCOLAS E DEU AULA, PRINCIPALMENTE NO SARAU DA IZABEL, FEITO POR ALUNOS QUE QUERIAM SABER DE CAPOEIRA, HIPHOP E LIBERDADE; ABRIU UM CORTEJO COM O BLOCO PEIXE SECO LÁ NO JARDIM PANTANAL E A POVARIA DO KILOMBO KEBRADA E FOI GRANDE COMPANHEIRO EM IDAS E VINDAS DE POESIAS NO SARAU O QUE DIZEM OS UMBIGOS?!!, COMO A FOTO DA QUEILA RODRIGUES MOSTRA, UM MOMENTO DE 2014, NA BIBLIOTECA VICENTE PAULO GUIMARÃES COM O PROJETO VEIA E VENTANIA, UM CONVITE PRA LÁ DE ESPECIAL DO SAUDOSO DANIEL MARQUES E DA SAMARA OLIVEIRA. A CULTURA E TANTOS ENCONTROS FOMENTOU A CRIAÇÃO DO COLETIVO LESTE NEGRA, EM 2017. DE LÁ PRA CÁ PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO E PESSOAS COMPROMETIDAS COM ELA, SE ENCONTRAM TODO FIM DE MÊS PARA CONVERSAS E FORMAÇÕES QUE NOS AUXILIAM NO COMBATE AO RACISMO ESTRUTURAL DENTRO DAS ESCOLAS.
É MARAVILHOSO PENSAR QUE TODOS ESSES ENCONTROS PASSAM PELA GRANDIOSIDADE DO SACRIFÍCIO DE UMA ÁRVORE QUE DEU SEU TRONCO, DE UM ANIMAL QUE DEU SEU COURO E DA SALIVA SAGRADA DOS QUE FORAM CONSTRUINDO ESSAS HISTÓRIAS. TANTAS HISTÓRIAS DE UM LUGAR COM NOME INDÍGENA E ADJETIVO DO LUGAR QUE É, PEDRA PEQUENA, ITAIM PAULISTA, AQUI PERTO DE ONDE NASCE O SOL.  

Erika Brasil


18/11/2020 | Esta foto é da Queila Rodrigues do Sarau O Que Dizem os Umbigos.

EMEF Vlademir Herzog

“Vamos escrever sobre terra, solo e lugar. O lugar que a escola ocupa. Mas sem excluir o que é chamado deslocamentos. Descolamentos de pessoas, seja para um lugar, uma estrada, possibilidades de entradas e saídas ou complementações entre culturas onde a convergência, em forte presença converge para a composição de ocupações dentro e fora da escola. Lugar como acolhimento de origens e tradições daqueles que ocupam o espaço escolar. Precisamos de algum modo, nos voltar para os saberes dentro deste território. As imagens que trazemos para a exposição descrevem lugar, paredes e localização. Mas é possível admirar, de muitos modos, o que contem as imagens. Não invisível na fotografia do Marcio Reis, historiador da Cidade Tiradentes, as pessoas que compõe esse território também foram fotografadas. Culturalmente trazer a fotografia como recorte, em seu discurso, intrinsecamente em sua revelação há composição de pessoas. Temos interesse em colocar as imagem no museu com sentidos de interpretação, mesmo que seja maior a imaginação para a interpretação das mesmas. Ou seja, dentro do território EMEF Vladimir Herzog, temos pessoas, ao entorno temos pessoas. Na divisa do território também temos pessoas e todos são guardiões de saberes, culturais e desenvolvimentos de inteligências que não se excluem pelo distanciamento do centro da nossa São Paulo, mas que se fortalece por saberes do solo. E o saber do solo é o saber das mulheres. As mães do lugar, as famílias do lugar e as professoras do lugar”.  

Keilla Barreto Girotto


18/11/2020

Slam da Guilhermina

“Esse foi o início do Slam da Guilhermina, em Fevereiro de 2012. Uma roda ainda tímida, mas já cheia de energia”. 

Emerson Alcalde

18/11/2020

Coletivo Dolores Boca Aberta Mecatrônica de Artes

“A Saga do Menino Diamante uma Ópera Periférica, espetáculo do Coletivo Dolores Boca Aberta Mecatrônica de Artes. Nos anos de 2008 a 2010 essa peça acontecia pertinho da minha casa no CDC Vento Leste e fui assistir todos os fins de semana de cada temporada”.

Cristina Adelina de Assunção

Sociedade Amigos do Samara

“Aniversário da Sociedade Amigos do Jardim Samara, presente na foto: Aluisio Lira, presidente da sociedade; Santilha, esposa de Lira; Florisvado e esposa; Zuquinha e Cláudio”.

Floresgomes José de Assunção

18/11/2020

Comunidade do Jongo dos Guaianás

“Eu guardaria no Museu o nascimento da Comunidade do Jongo dos Guaianás que trás para o nosso território o resgate da cultura dos nossos antepassados escravizados, que nos permite manter vivos cada preto e preta que lutou para que nós chegássemos até aqui sem as correntes e assim nos deixaram seguir rompendo com a barreiras que ainda nos açoitam até os dias de hoje, que nos proporcionaram cantar o ponto referenciando nossos ancestrais bem como a luta cotidiana e a celebração das nossas vidas, guardaria a alimentação farta que todos que estão participando de 01 a 300 são bem servidos, o fazer junto da preparação do nosso terreiro para receber a todos e todas para roda de jongo até o amanhecer e nesta memória afetiva também guardaria as crianças jongueiras que são o nosso coração pulsando fora do peito e a luta, garra, determinação e automia das mulheres Jongueiras e o aprender cotidiano dos homens que se permitem todos os dias romper com a cultura machista e a sociedade patriarcal e por fim a nossa fogueira que ilumina o caminho para que nossos ancestrais possam nos visitar para abençoar e fazer festa junto conosco.”

Patrícia Kelly Ferreira

Lab Casa Cultura

“Guardaríamos a fotos de antes e depois da Casa, onde temos uma empresa abandonada e a ocupação e restauração feita por mão de mulheres e fotos de alguns encontros, como o mais emblemático para o espaço, a Roda terapêutica das Pretas. O Espaço surge com o objetivo de promover o acesso de mulheres, fortalecer a cultura local, valorizar o trabalho das mulheres artistas e militantes da cultura, e suas inúmeras frentes de trabalho e quebrar paradigmas de domínio de conhecimento geralmente ligados ao feminino através das múltiplas atividades que são frentes de trabalhos das organizadoras. Que dá espaço às diversas Raízes de mulheres potentes para falar, desenvolver ideias e criar”.

Juliana da Silva Costa

Lab Casa Cultura (Antes)

Lab Casa Cultural (depois) 18/11/2020

Rede M.A.Na.S

“Um dos motivos da Rede M.A.Na.S surgir são os encontros de graffiti feito por mulheres, por ser uma das formas mais emblemáticas de resistência e união, dentro de uma frente muito machista e que reproduz a invisibilidade feminina constantemente. O graffiti é uma frente muito importante tanto na vida hip hop, mas também na revolução feminista, por si só.”

Juliana da Silva Costa

Créditos

  • Criação: Ireldo Alves e Nísia Oliveira-  CPDoc Guaianás;
  • Produção: Instituto Pombas Urbanas;
  • Este trabalho compõe o projeto “Territórios da Memória”- Instituto Vladimir Herzog.
Novembro de 2020